domingo, 27 de fevereiro de 2011

O QUE SÃO ENXERTOS ÓSSEOS?

Técnica é utilizada para reconstruir a área que perdeu altura ou espessura


Pessoas que perderam um ou mais dentes devido a acidentes ou extrações sempre pensam em reconstituir sua arcada dentária para poderem sorrir sem constrangimento. Para isso, o implante seria uma boa opção, mas em alguns casos, somente essa técnica não é suficiente.

Algumas pessoas, quando perdem os dentes, também sofrem com a atrofia, ou reabsorção óssea, os ossos da região ficam com menos espessura e altura e pode ocorrer o aumento do tamanho do seio maxilar, o que impede a colocação de implante. Além disso, as expressões ficam limitadas, a boca murcha e falta também pode ser alterada.

Nesses casos, o enxerto ósseo serve para permitir a realização do implante, devolvendo o volume perdido ao osso atrofiado. Para essa técnica, o dentista pode utilizar material ósseo do próprio paciente, retirado da boca, em reconstruções pequenas e de outros locais como o osso da bacia (ilíaco) ou da calota craniana (parietal) para grandes extensões.

Nas situações de enxertos menores, o procedimento pode ser feito no próprio consultório com o uso de anestesia local.

Também é possível utilizar enxertos retirados de animais – enógeno (osso liofilizado bovino - genox), de bancos de ossos (transplante ósseo) ou usar materiais vítreos sintéticos – bioss (alógeno) e precursor ósseo (hidroxiapatita sintética), entretanto, o mais indicado é o enxerto da própria pessoa (osso autógeno). O procedimento pode ser realizado em fragmentos ou em bloco.

Mas levando em consideração que enxertos autogenos provem de procedimentos invasivos para sua retirada, a opção mai viável é a do osso do banco de ossos.

Os enxertos ósseos são mais invasivos, já que são um suporte para o implante normal, mas, pessoas que perderam seus dentes há muitos anos ou que não conseguem utilizar a prótese dentária, por qualquer motivo, podem recorrer a essa técnica.




SAIBA O QUE ACONTECE QUANDO VOCÊ USA APARELHO

O que de fato é a manutenção ortodôntica? Muito se fala sobre o preço dessa manutenção, o tempo entre elas, o que se faz durante essa consulta, mas devemos saber o que ela significa para podermos questioná-la…





A ortodontia é um tipo de tratamento longo e que deve ser realizada com muito critério e cuidado, uma vez que promove o movimento dos dentes.





Essa movimentação dentária é uma resposta do organismo à força aplicada no aparelho e por isso deve ser acompanhada de perto e deve ser realizada de maneira que não cause damos à estrutura de sustentação dos dentes, a manutenção ortodôntica é o momento em que o ortodontista aplica essa força no aparelho.





Com o avanço dos metais, os fios que são usados nos aparelhos fixos conseguem “gerar” força por até 45 dias (algumas ligas metálicas chegam a causar força por até 60 dias), para que possamos acompanhar de perto a evolução do caso marcamos a “manutenções” de 30 em 30 dias, para que possamos intervir no tratamento antes que algum problema aconteça.





Porém é muito importante que saibamos que a ativação da força em intervalos próximos ou o uso de muita força pode atrapalhar o andamento ao invés de ajudar.





O dente se movimenta a partir de um processo chamado reabsorção/aposição óssea, onde o organismo elimina o osso que suporta o dente para que ele possa se movimentar e depois de encontrar sua nova posição o corpo forma novo osso para que o dente fique firme novamente.


Por isso o paciente sente dores nos dentes, dormencia e dificuldade de mastigação.


Tratamentos “apressados” podem dificultar a formação desse novo osso causando mobilidade nos dentes durante e principalmente depois do tratamento,pois não dá tempo para formar um novo osso .



O movimento dos dentes através da ortodontia é bastante simples. Quando colocamos uma pressão sobre um dente através de um braquete e um fio metálico, esta pressão é transmitida para a raiz do dente. A raiz é sustentada através de osso e de um ligamento fibroso chamado ligamento periodontal. A pressão provoca uma compressão do ligamento periodontal de um lado e a extensão do ligamento periodontal do lado oposto. No lado da compressão, algumas células chamadas osteoclastos começam a reabsorver o osso. No lado que sofre a extensão do ligamento, células chamadas osteoblastos começam a depositar novo osso. O processo de reabsorção de osso é mais rápido do que o processo de deposição óssea, razão pela qual os dentes, durante o movimento ortodôntico, parecem moles e, às vezes, dão a impressão de que podem cair. Este também é um dos motivos pelos quais a contenção após o tratamento ortodôntico é tão importante para permitir a formação de novo osso em volta do dente, proporcionando mais estabilidade para o mesmo.





Além disso, se usarmos de muita força durante o tratamento esse processo de reabsorção do osso não acontece pois a pressão, quando grande demais, causa uma isquemia, ou seja, falta sangue no local, e com isso o organismo não faz a função que deve fazere você pode até perder seus dentes.





Por isso, duvide sempre de tratamento milagrosos que prometem resolver seu problema em tempo recorde. O importante é que seu tempo seja valorizado, mas o tratamento seja executado corretamente.

Quando os dentes não são mantidos limpos, algumas bactérias podem penetrar no ligamento periodontal, causando infecção e levando a uma perda de osso e ligamento. Uma bolsa é então criada atraindo mais bactérias. Estes problemas devem ser tratados por um periodontista. Doenças das gengivas e do osso que sustenta os dentes devem ser tratadas antes do tratamento ortodôntico. O movimento dentário torna a doença periodontal mais séria.





Se informe, pergunte, dê importância à sua saúde bucal, você só vai ganhar com isso.





Ri melhor quem vai ao dentista

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Os novos implantes dentários

 
 
Fonte: Revista Saúde!
Data de Veiculação: 20/02/2011
 
Nem sempre é possível permanecer a vida inteira com os dentes originais. Na falta deles, existem os implantes, que dispõem de tecnologias e materiais cada vez mais modernos e conseguem devolver o sorriso a muita gente.
 
Os implantes dentários foram um dos destaques do Congresso Internacional do Centenário da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas, realizado no início de fevereiro em São Paulo. Enquanto centros de pesquisa buscam aperfeiçoá-los e estender sua indicação, cada vez mais brasileiros ostentam em sua boca as peças que reconstroem a dentição perdida. Mais versáteis, elas ocupam arcadas inteiras ou substituem unidades extraviadas — e olha que não é preciso ter tanta idade para recorrer a uma delas. “A implantodontia passa por um grande desenvolvimento, o que se reflete na melhoria dos tratamentos e do resultado estético”, avalia o dentista Wilson Sallum, coordenador científico do congresso. Nada melhor, então, do que conhecer as tendências nesse campo.

1. A VEZ DA ZIRCÔNIA

Quando se fala em implante, o nome de uma matéria-prima vem à cabeça do dentista: titânio. Consagrado nos quesitos eficácia e segurança, o metal tem uma história de quase 40 anos na odontologia. Uma alternativa, porém, emergiu recentemente: a zircônia. Os primeiros implantes à base desse material cerâmico desembarcaram no país nos últimos meses com a promessa de algumas vantagens. “Por ser isento de metal, ele anula os riscos de alergia e toxicidade”, aponta o dentista Paulo Leme, consultor da Z-Systems, companhia suíça que desenvolve o produto. “E, como a zircônia é branca, não há a possibilidade de o dente ficar acinzentado, como não raro acontece com o titânio.” A zircônia teria, ainda, a capacidade de facilitar a recuperação da gengiva após o procedimento. E, como seu implante é dotado de uma única peça — os de titânio contam com o parafuso e, sobre ele, um pilar que faz a junção com o dente artificial —, seria menor o risco de a prótese ficar instável.

Apesar de tantos ganhos, sobretudo estéticos, alguns especialistas não creem que a zircônia desbancará o titânio tão cedo. “Sabemos que ela se mostra excelente na função de pilar para o dente, mas precisamos de mais estudos para validá-la como implante”, pondera o dentista Carlos Eduardo Francischone, professor da Universidade de São Paulo, em Bauru, no interior do estado.

2. SUPORTE GARANTIDO

Quando um dente abandona a boca, sua morada também é condenada a desaparecer — é que a cavidade onde ele ficava abrigado, o alvéolo dentário, perde a utilidade e acaba se extinguindo. Muitas vezes, além dessa perda, o tecido ósseo que sustenta a dentição se torna mais espesso, e esse cenário pode dificultar a instalação e o sucesso do implante. Para contrapor essa falta de chão, os profissionais apostam nos biomateriais, obtidos de elementos sintéticos ou naturais, como o osso bovino. “Eles funcionam como um suporte para a formação da massa óssea, visando à reconstrução do arcabouço que sustenta o dente”, explica o dentista Paulo Sérgio Perri de Carvalho, professor da Universidade Estadual Paulista, em Araçatuba, no interior de São Paulo. É claro que, se a perda de osso for considerável, ainda não adianta apelar para os biomateriais — só o enxerto ósseo propriamente dito resolve o problema. Mas a tendência é que seu campo de atuação se estenda. “Nos Estados Unidos, a promessa é um material com proteínas capazes de estimular o crescimento ósseo e que poderia ser usado como alternativa ao enxerto”, conta o dentista Ariel Lenharo, diretor do Instituto Nacional de Experimentos e Pesquisas Odontológicas, em São Paulo.

3. OS IMPLANTES CURTOS

Muitas pessoas que esperam pela reconstrução do sorriso deparam com uma pedra no caminho: a necessidade de se submeter a um enxerto ósseo. A falta dos dentes de verdade por anos a fio, o uso de dentaduras, acidentes ou, simplesmente, o avançar da idade contribuem com a perda de osso na mandíbula ou na maxila. Sem solo suficiente para fixar um implante direito, a saída é retirar um pedaço de osso da bacia, por exemplo, e introduzi-lo na boca — uma cirurgia que demanda de seis a nove meses de reabilitação. Mas alguns casos podem escapar desse inconveniente graças a uma tecnologia que se aperfeiçoou nos últimos anos: os implantes curtos. “Eles reduzem o custo e a agressividade do procedimento”, compara o dentista Alexandre Turci, de São Paulo, que abordou o tema em palestra no congresso. “Sem o enxerto, a recuperação se torna mais rápida”, completa Lenharo. Como o nome já entrega, esses implantes são mais baixos, porém robustos. “Seu desenho faz aumentar em 30% a área de contato do implante com o osso”, calcula Alexandre. Se um parafuso convencional (e comprido) fica instável diante de uma superfície óssea comprometida, a versão curta se prende melhor sem cobrar um preço tão alto para o dono da boca.

TAMANHO NÃO É DOCUMENTO

Entenda as diferenças entre o procedimento que exige enxerto ósseo e a alternativa que se vale dos implantes curtos

1. Antes do implante

Pessoas com pouco tecido ósseo na mandíbula ou na maxila precisam se submeter a uma cirurgia que transpõe um bloco de osso da bacia, por exemplo, para o canto da boca onde ficarão os implantes. Entre seis e nove meses depois, a região restaurada está pronta para receber o parafuso do implante e, transcorridos mais três meses, o dente artificial é colocado.

1 ANO - É o tempo necessário para a instalação do enxerto, do implante e do dente artificial

2. Com implantes curtos

Essa técnica pode eliminar a necessidade de recorrer ao enxerto. Os parafusos, menores e robustos, são instalados a exemplo dos tradicionais. Só que eles aumentam o contato da peça com o osso ocupado. Para preencher espaços que ficariam vagos, são feitos alguns ajustes, como dispor de coroas dentárias maiores.

3 MESES - É quanto seria preciso esperar para o implantecurto receber a coroa dentária.

UM MILHÃO DE SORRISOS

O implante é uma espécie de parafuso incrustado no osso da mandíbula ou da maxila para fazer as vezes de raiz — em cima dele é acoplada uma peça, o pilar protético, que recebe o dente artificial. Essa solução se populariza no Brasil. “A estimativa é que em 2003 tenham sido colocados 300 mil implantes, e esse número subiu, em 2010, para mais de 1 milhão e meio”, conta o dentista paulista Paulo Leme. Alguns fatores, como o desenvolvimento de materiais nacionais, justificam essa expansão. “Os implantes se tornaram mais acessíveis e aumentou o número de especialistas aptos a instalá-los”, observa o dentista Gabriel Lembo, diretor da Simplan Implantes, em São Paulo.

DENTADURA APOSENTADA?

É inevitável que, com a popularização dos implantes, surja a pergunta. Para o dentista Wilson Sallum, professor da Faculdade de Odontologia de Piracicaba, no interior paulista, elas sempre terão espaço. “Os implantes vieram para ficar, mas não resolvem tudo”, afirma. “E muita gente vive bem usando próteses removíveis.” Embora os preços dos implantes tenham caído nos últimos anos, as dentaduras ainda saem bem mais barato. E quem faz uso delas há anos e quer trocá-las por implantes pode precisar de um enxerto, o que eleva as cifras do tratamento.

OS IMPLANTES NA HISTÓRIA

COMO TUDO COMEÇOU

Nas décadas de 1950 e 1960, o ortopedista sueco Per-Ingvar Brånemark descobre, por meio de experiências com animais, que o titânio se integra ao osso — o princípio básico para um implante funcionar.

PROGRESSO SORRIDENTE

Nas três décadas seguintes, os implantes se tornam realidade — Brånemark viaja pelo globo difundindo suas técnicas e se instala no Brasil — e passam por aperfeiçoamentos, tanto no campo das matérias-primas como no das cirurgias.

DENTES NOVOS EM MENOS TEMPO

Em meados dos anos 2000, surge uma nova técnica, a da carga imediata. Antes dela, após a introdução do implante, era preciso esperar de três a seis meses para colocar a coroa definitiva. Com a novidade, o dente é fixado em um prazo de até dez dias.

ADEUS AOS CORTES

A tomografia computadorizada é recrutada pela implantodontia. O dentista se guia pelas imagens de um monitor para introduzir o parafuso do implante dentário. Mais conforto e rapidez durante e após o procedimento.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Três sintomas da morte dos sonhos - Paulo Coelho

” O primeiro sintoma de que estamos matando nossos sonhos é a falta de tempo. As pessoas mais ocupadas que conheci na minha vida sempre tinham tempo para tudo. As que nada faziam estavam sempre cansadas, não davam conta do pouco trabalho que precisavam realizar, e se queixavam de que o dia era curto demais: na verdade, elas tinham medo de combater o Bom Combate.

“O segundo sintoma da morte de nossos sonhos são nossas certezas. Porque não queremos aceitar a vida como uma grande aventura a ser vivida, passamos a nos julgar sábios, justos e corretos no pouco que pedimos da existência. Olhamos para além das muralhas do nosso dia-dia, ouvimos o ruído de lanças que se quebram, o cheiro de suor e de pólvora, as grandes quedas e os olhares sedentos de conquista dos guerreiros. Mas nunca percebemos a alegria, a imensa Alegria que está no coração de quem está lutando, porque para estes não importa nem a vitória nem a derrota, importa apenas combater o Bom Combate.

“Finalmente, o terceiro sintoma da morte de nossos sonhos é a Paz. A vida passa a ser uma tarde de Domingo, sem nos pedir grandes coisas, e sem exigir mais do que queremos dar. Achamos então que estamos maduros, deixamos de lado as fantasias da infância, e conseguimos nossa realização pessoal e profissional. Mas na verdade, no íntimo de nosso coração, sabemos que o que aconteceu foi que renunciamos à luta por nossos sonhos, a combater o Bom Combate.

” Quando renunciamos aos nossos sonhos e encontramos a paz, temos um pequeno período de tranqüilidade. Mas os sonhos mortos começam a apodrecer dentro de nós, e infestar todo o ambiente em que vivemos.

“Começamos a nos tornar cruéis com aqueles que nos cercam, e finalmente passamos a dirigir esta crueldade contra nós mesmos. Surgem as doenças e as psicoses. O que queríamos evitar no combate – a decepção e a derrota – passa a ser o único legado de nossa covardia. E um belo dia, os sonhos mortos e apodrecidos tornam o ar difícil de respirar e passamos a desejar a morte, que nos livra de nossas certezas, de nossas ocupações, e daquela terrível paz das tardes de domingo.”

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Petrus foi o meu guia no Caminho de Santiago, experiência que contei em do livro “O Diario de um Mago” (1987)